Além de ampliar as alternativas de tratamento contra a Covid-19, o uso dos medicamentos nirmatrelvir e ritonavir em pacientes não hospitalizados pode gerar economia de até R$ 19 bilhões aos cofres públicos, em um período de cinco anos.
O valor leva em consideração a diferença entre o custo estimado de tratamento com os remédios e os de internação (de casos moderados aos que necessitam de unidade de tratamento intensivo, quando o custo explode), além de cenários com baixa e alta incidência de infectados.
O próximo passo da comissão será o envio de recomendação favorável ao uso dos fármacos ao Ministério da Saúde.
Caberá à secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos da pasta, Sandra de Castro Barros, aprovar ou não o uso dos medicamentos. Em caso positivo, os remédios serão incluídos no rol de terapias do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os fármacos são indicados para uso domiciliar em adultos com sintomas iniciais da doença. O medicamento deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas e resultado positivo para o exame de Covid. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução da enfermidade para quadros graves.
Estudos realizados pela Pfizer apontam que os remédios reduziram o risco de hospitalização ou morte para pacientes que fizeram uso das pílulas entre o 3º e 5º dias de sintomas da doença, com quase 89% de eficácia.
Para realizar a análise de custo-efetividade das pílulas, a Conitec considerou pacientes com 65 anos de idade ou mais e imunossuprimidos. De acordo com a comissão, a Pfizer propôs custo de US$ 250 por tratamento com Paxlovid, o equivalente a R$ 1.252, segundo o Banco Central (na cotação de 9/3/2022, data em que a análise de custo-efetividade foi realizada pela Conitec).
Deixe um comentário: