Embora não assuma abertamente, a deputada federal Marília Arraes deve deixar o Partido dos Trabalhadores – PT nos próximos dias. É talvez uma questão de tempo. Sem gozar da confiança dos petistas, Marília sentiu na pele o dissabor de ter o próprio time jogando contra si. Em 2018 teve a candidatura ao governo do estado rifada pela Executiva nacional do PT que retirou seu nome para apoiar a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB).
Em troca, o PSB anunciou a neutralidade na eleição presidencial e a retirada da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda (PSB) ao governo de Minas Gerais, onde Fernando Pimentel (PT) disputava a reeleição. Em 2020, a neta de Arraes se candidatou a prefeitura do Recife, mas perdeu para a própria legenda que em sua maioria votou contra. Sem prestígio e sem influência na nacional, a alternativa para Marília é a saída negociada, com a garantia de que não vai perder o mandato na Justiça – por uma ação da direção do PT.
Agora na eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, a petista foi escanteada pelo Partido dos Trabalhadores – PT que apoiou a candidatura do deputado João Daniel, do PT de Sergipe, ao cargo pretenso por Marília, que lançou a candidatura avulsa e venceu o candidato petista dos petistas. Com os interesses obstruídos dentro do partido em várias ocasiões, Marília Arraes tem sido vítima de atitudes nada amigáveis. Se permanecer filiada a sigla é porque não tem um tico de amor próprio, imagine pelo povo pernambucano. Estamos de olho!