Em três dias, dois candidatos morreram, vítimas de mal súbito, após a realização do Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso para Polícia Penal de Minas Gerais. As mortes foram registradas na última terça-feira (10) e na quinta-feira (12). A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) confirmou os óbitos.
Segundo a pasta, “ambos apresentaram um quadro de mal súbito após a finalização do exame físico de corrida de resistência”. A Sejusp ainda informou que tão logo os episódios foram registrados, os dois candidatos foram submetidos aos primeiros atendimentos pela equipe médica que acompanha os testes. Posteriormente, foram levados do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (CIAAR) de Lagoa Santa, onde foram realizadas as avaliações, para a Unidade de Pronto Atendimento de Vespasiano.
“Os dois candidatos chegaram ao local com vida, mas o quadro de saúde se agravou e, infelizmente, eles vieram a óbito. Um deles chegou a ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Célio de Castro”, informa a nota da secretaria. Ainda conforme a pasta, os casos foram acompanhados também pelo Instituto Nacional de Seleções e Concursos (Selecon), responsável pela realização do teste.
A Sejusp informou que os atestados de óbito não foram disponibilizados e se solidarizou com os amigos e familiares. “Todos os procedimentos necessários foram realizados pelo Instituto Selecon, com apoio da Sejusp que segue acompanhando o caso. Ressalta, ainda, que os dois candidatos apresentaram laudo médico liberatório, com a chancela de profissional habilitado, para a realização desta etapa do certame”, finaliza a nota da secretaria.
O representante do Sindppen ainda afirmou que com a remarcação do TAF, os candidatos tiveram tempo inadequado para se preparar para o teste. “Tudo é um preparo, eles tiveram menos de 90 dias para treinar. Decidiram essa data e com isso vem uma pressão psicológica muito grande. A pessoa tem que voltar a treinar novamente, mas às vezes está em outro emprego, exercendo outra função”, lamentou Otoni.
O presidente do sindicato ainda citou que o sistema prisional em Minas vive uma crise de falta de profissionais que tem levado ao esgotamento das equipes. Ele citou o baixo número de agentes em algumas unidades, como a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde segundo ele há oito policiais penais para 2.400 presos.
“Estamos passando por uma situação muito delicada na Polícia Penal. Os policiais estão passando por absenteísmo, pressão psicológica e física para bater metas”, criticou o líder sindical.
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