O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu seu terceiro mandato no Palácio do Planalto com uma herança “bendita” do antecessor Jair Bolsonaro (PL): R$ 81,9 bilhões em investimentos privados contratados somente para seu primeiro ano de governo. O valor, previsto no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), pode contribuir para um crescimento do PIB em 2023 bem acima das atuais projeções de bancos e consultorias financeiras, segundo nota informativa da Secretaria de Política Econômica (SPE) do agora extinto Ministério da Economia.
Segundo a secretaria, um cálculo com carregamento estatístico e padrão histórico, utilizando a taxa média de crescimento dos últimos 10 anos na margem trimestral com ajuste sazonal, aponta intervalo de crescimento do PIB em 2023 entre 1,4% e 2,9%. A mediana das expectativas do mercado captada pelo boletim Focus, do Banco Central (BC), projeta apenas 0,8% para o próximo ano.
Entre outros fatores, o documento ressalta a relação direta entre aumento da taxa de investimento e do crescimento de curto prazo. “O crescimento de longo prazo não é afetado pela elevação da taxa de investimento, mas o aumento deste indicador proporciona maior crescimento no período de transição para o maior nível de produto por trabalhador”, diz trecho da nota, segundo a qual cada adição de 1 ponto porcentual na taxa de investimento eleva em média 0,17 ponto porcentual o PIB potencial.
“Ademais, parte relevante do aumento do investimento ocorre devido a maior presença do setor privado, seja na decisão da alocação seja no financiamento. Observa-se que o patamar do investimento privado, segundo estimativas da SPE, é historicamente elevado e semelhante ao verificado no início da década passada.”
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